A experiência estética, segundo Wolfgang Iser, ocorre durante a interação texto-leitor, sendo assim de caráter virtual, pois não se prende a nenhum dos polos que a tornaria concreta: nem somente ao texto (polo artístico), nem somente ao leitor (polo estético). Entretanto, é heuristicamente inadmissível um trabalho que visando à interação texto-leitor se prive de analisar cada um dos polos. Desse modo, cabe-nos como pesquisadores adentrar nesse “jogo” interacional em busca de sentidos possíveis, a partir dos fenômenos que abarcam esse acervo teórico-metodológico, em consonância com outras áreas do conhecimento. A bem-sucedida realização do I Congresso Nacional de Estudos Iserianos, no ano de 2022, e a necessidade de divulgar a produção dentro dessa área não só para o Brasil, mas para outros países interessados nesse conhecimento, nos impulsionaram a organizar o I Congresso Internacional de Estudos Iserianos - CIEI a ocorrer em julho de 2025. Sua participação enriquecerá o campo acadêmico no que concerne aos estudos relacionados às teorias iserianas, como também a outros que possam estar entrelaçados a elas. 

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O evento promoverá conferências, mesas-redondas, comunicações orais e minicursos, será gratuito em todas as modalidades de participação e ocorrerá de forma online, pela plataforma Microsoft Teams. O CIEI aceitará propostas de minicursos e comunicações orais, para mais informações,  clicar no menu correspondente à atividade.

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As informações sobre as inscrições para ouvintes e participantes em minicursos serão divulgadas em junho.

 

As comunicações orais terão os seguintes eixos temáticos: 

 

Eixo 1 - Experiência estética e literatura: novas perspectivas

O Eixo 1 acolhe textos teóricos que articulam a experiência estética com a literatura, associando a Teoria do Efeito Estético e/ou a Antropologia Literária, de Wolfgang Iser, a novas perspectivas de estudo em relação à história da literatura, teoria literária e leitura literária trazendo contribuições e reflexões para o campo da literatura.

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Eixo 2 - Experiência estética e ensino: articulações na sala de aula

O Eixo 2 acolhe produções ancoradas na Teoria do Efeito Estético e/ou a Antropologia Literária, de Wolfgang Iser, e voltadas para reflexões, práticas, bem como discussões metodológicas, curriculares e legislativas direcionados ao ensino de literatura/leitura literária. Nesse sentido, além das importantes contribuições teóricas no escopo dos estudos literários, os postulados de Iser também oferecem possibilidades de inserção no âmbito escolar – seja embasando a atuação docente, seja oferecendo ferramentas metodológicas aplicáveis.

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Eixo 3 - Experiência estética e teoria: Wolfgang Iser e desdobramentos contemporâneos

O Eixo 3 acolhe trabalhos que articulam a Teoria do Efeito Estético e/ou a Antropologia Literária, de Wolfgang Iser, a outros campos de estudos, tais como a psicanálise, a história, a psicologia, a filosofia,  a publicidade, a linguística, a negritude etc, além de outras teorias do campo da literatura e de outras ficções como o cinema, as artes visuais, os jogos eletrônicos etc, propondo avanços, contribuições, articulações, críticas e/ou ampliando as perspectivas acerca das contribuições de Wolfgang Iser aos estudos acadêmicos contemporâneos.

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Eixo 4 - Experiência estética e antropologia: decolonialidades, feminismos e poéticas indígenas

O Eixo 4 tem o objetivo de mediar uma discussão sobre experiência estética nos termos iserianos, contemplando possibilidades de diálogo com os estudos decoloniais, feministas e as epistemologias indígenas. O Eixo 4, portanto, acolhe comunicações que pretendem refletir sobre modos de leitura e como leitores se relacionam com textualidades plurais em diferentes comunidades e espaços socioculturais, associando com a Teoria do Efeito Estético e/ou a Antropologia Literária, de Wolfgang Iser.

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Eixo 5 - Experiência estética e metodologia: cartografias, autoetnografias e mapeamentos

O Eixo 5 acolhe trabalhos que articulam a Teoria do Efeito Estético e/ou a Antropologia Literária, de Wolfgang Iser, com novas metodologias de trabalho com a literatura, como a autoetnografia e a autobiografia, o registro em diários, a escrita de si, cartografias e mapeamentos da experiência estética (MAPEE), as quais buscam explorar novas dimensões do fenômeno literário e seu processo de interpretação, situando o leitor como protagonista da experiência e seus efeitos de sentido.​​​​​​​​ 

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